Por Nathália Souza
No Carnaval, uma festa de cores, ritmos e expressões culturais, a representatividade ganha
destaque como uma pauta fundamental. Porém, é crucial entender que, mesmo em meio à
celebração, é necessário ter cuidado para não reforçar estereótipos negativos. Neste artigo,
vamos explorar como algumas fantasias podem reforçar tais estereótipos e como promover
uma celebração verdadeiramente inclusiva.
Infelizmente, muitas vezes vemos fantasias que, longe de homenagear, acabam por
estereotipar e diminuir a identidade de grupos minorizados. Trajes indígenas (se vestir de
“índio”), homens cis héteros vestidos com roupas femininas e reproduzindo trejeitos
caricatos, vestimentas que fazem parte da religiosidade ou etnia do outro, black face, nega
maluca e etc., não são fantasias.
Mesmo que pareça uma brincadeira inofensiva ou uma homenagem, utilizar de elementos
que são simbólicos a grupos minorizados, do qual você não faz parte, pode ser ofensivo e
minimiza todo um significado a um mero estereótipo.
Estamos diariamente expostos a diversos tipos de informações que formam padrões na
nossa mente (mesmo que a gente não perceba), são os chamados vieses inconscientes.
Por muitas vezes esses vieses nos levam a normalizar comportamentos ou imagens que
são estereotipadas e ofensivas a diversos grupos.
É importante entender que o uso dessas fantasias não apenas ofende, mas também
contribui para a manutenção de um sistema de opressão que marginaliza essas
comunidades.
Que tal pular o carnaval com diversidade e Inklusão?
Para ser brincadeira, é importante que todos se divirtam, então vamos cair na folia
lembrando que somos responsáveis por construir um carnaval mais justo, inclusivo e
respeitoso para todos. A diversidade é o que torna esta festa tão rica e vibrante, e é nosso
dever protegê-la e celebrá-la em toda a sua plenitude.